terça-feira, 20 de março de 2012

"Política" administrativa centralizadora de Rosalba Ciarlini prejudica sistema prisional RN

 Fábio Hollanda diz que saiu porque Rosalba não deu autonomia para trabalhar



Sorridente, ao lado de João Maia, Hollanda assinava ata de sua posse na Sejuc. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press
Depois de pedir exoneração da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) com apenas dois meses de trabalho, o presidente do PR em Natal, Fábio Hollanda, expôs a principal dificuldade encontrada pela equipe do governo Rosalba Ciarlini (DEM): a falta de espaço para os aliados. Ontem, Hollanda reclamou da centralização das decisões do governo.

"Quando assumi o cargo, minha intenção era implantar políticas públicas de excelência, para resolver os problemas das Centrais do Cidadão, do sistema prisional e das demais áreas de atuação da pasta. Mas eu precisaria de autonomia para colocar minha equipe técnica para trabalhar. O governo não me deu essas condições. O único cargo que pude indicar foi o da chefia de gabinete, que estava vago", reclamou.

O ex-secretário creditou sua saída do governo às "divergências administrativas" com o modo como Rosalba Ciarlini conduz a máquina pública. Para Fábio, falta autonomia para que os secretários possam exercer o seu trabalho. "A governadora entende que aquela equipe lotada na secretaria conseguirá atingir as metas de melhorias para o governo. Eu penso diferente. Pode ser até que ela esteja certa", ponderou.

O republicano defendeu que o partido não continue com a pasta, após a sua saída. De acordo com Hollanda, o melhor para a legenda seria não participar administrativamente do governo, que, segundo ele, é centralizador. "Se depender do PR de Natal, não haverá indicação de substituto. Na minha opinião, o partido deve se manter equidistante da parte administrativa do governo e continuar ajudando a gestão de outras formas, como na apresentação de emendas", declarou.

Essa não é a primeira vez que o governo entra em crise por causa da forma centralizadora de administrar. Durante o rompimento do vice-governador Robinson Faria (PSD) com a gestão, ele e o ex-secretário do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, expuseram a centralizações das decisões do governo em pelo ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido de Rosalba.

Os espaços dos aliados no governo têm sido restritos. Rosalba Ciarlini implantou no Estado a mesma forma de gestão que desenvolveu em Mossoró, quando as indicações das principais áreas vinham do seu grupo, do primeiro ao terceiro escalão. O estilo da democrata pegou muitos aliados de surpresa. Hollanda não esperava que não tivesse autonomia nem para nomear sua própria equipe.

Fábio Hollanda deixou a Sejuc no último sábado, após explicar os motivos em reunião com o deputado federal João Maia (PR), na última sexta-feira, em Brasília. Rosalba Ciarlini acatou a decisão do então secretário e nomeou o secretário estadual de Segurança e Defesa Social, Aldair da Rocha, para acumular a pasta interinamente. A assessoria de comunicação do governo informou que Rosalba definirá o novo titular da secretaria após reunião com João Maia, prevista para esta semana.

Fonte Diario de Natal
 
 
Opinião



 
Essa política centralizadora, da governadora Rosalba Ciarlini, é uma prova da política menor.

Não é possível que em pleno século XXI a gestora pública do estado do RN se comporte como um administrador dos tempos remotos da história, ou seja, sem uma visão administrativa coerente com a atual situação de evolução da sociedade moderna.

Essa centralização nos remete ao tempo do absolutismo, onde os soberanos se achavam o próprio Estado e governavam sozinhos, com mão-de-ferro, se eternizando na história, tal prática, com a célebre frase do Rei Francês, Luis XIV(1638-1715):"o Estado sou eu".

Se prender a questões políticas e não dar autonomia administrativa aos seus auxiliares direto é, no mínimo, um desserviço ao povo potiguar.

Isso ocorrendo na área mais sensível de seu governo que é o sistema prisional do RN, imagine em outras áreas?

Por que essa centralização exacerbada numa área tão carente de ações e providências?

A quem interessa essa prática e porquê?

Não estamos num reinado e nem numa ditadura. Estamos num Estado Democrático  e somos uma República, Rosalba Ciarlini!

O povo tá cansado dessa política nivelada por baixo, precisa de políticos comprometidos com quem lhe elegeu, portanto que pense na qualidade de vida de seus representados!

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