terça-feira, 29 de novembro de 2011

Crise no Maranhão: Polícia Civil se une à PM em greve



 
Autor: Danillo Ferreira


Parece que a tendência da crise vivida na relação entre o governo Roseana Sarney e os profissionais de segurança pública do Maranhão é se agravar: além da Polícia Militar, que desde a semana passada ocupa a Assembleia Legislativa em reivindicação, a Polícia Civil do estado também entrou em greve, e neste momento muitos dos seus servidores estão também acampados na Assembleia:

Policiais civis chegaram nesse instante na Assembléia Legislativa. Eles realizaram uma assembléia geral e sairam em carreata até o prédio do poder legislativo.

Os policiais civis foram recebidos com grande festa, carrao de som, buzinas e gritos de “vem!”.

Policiais civis e militares esqueceram as rusgas históricas e se abraçaram festivamente.

Com a postura inflexível do Governo (que só admite alguma ‘negociação’ com o fim da greve), e com a ameaça de punição disciplinar e até demissão dos policiais que aderiram ao movimento, a resistência dos manifestantes parece crescer, recebendo cada vez mais adeptos em todo o estado, inclusive do Batalhão de Polícia de Choque.

Em referência aos movimentos que estão ocorrendo no Oriente Médio, onde seus povos estão se libertando de ditadores através de manifestações populares nas ruas, já se fala em uma “Primavera Maranhense”, com a realização de uma grande passeata tendo como mote a expressão “Fora Roseana Sarney!”: é a adesão da população local à mobilização iniciada por policiais militares.

A OAB estadual emitiu nota exigindo solução para o impasse, e a bancada federal maranhense tentará intervir no conflito. Enquanto a situação não é resolvida, o Exército e a Força Nacional estão patrulhando as ruas do estado. Se não houver maleabilidade nas negociações, a crise pode se generalizar, havendo consequências políticas irreparáveis. Como ocorreu com alguns ditadores do Oriente Médio, parece que o governo cai mas não dá o braço a torcer.



Fonte: abordagempolicial.com    Acessado em 2911-2011

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Projeto aumenta pena para crime de desacato a policial




20 de novembro de 2011 às 18:51

Tramita na Câmara o Projeto de Lei 1768/11, do deputado Eli Correa Filho (DEM-SP), que altera o Código Penal (Decreto-Lei 2848/40) para aumentar a pena do crime de desacato quando praticado contra policiais civis e militares e guardas civis.

A proposta prevê pena de reclusão de dois a quatro anos e multa. Atualmente a pena é de detenção de seis meses a dois anos, ou multa.

O autor argumenta que hoje o crime de desacato é considerado de menor potencial ofensivo, cujo procedimento, em regra, não contempla a prisão em flagrante. De acordo com o deputado, a classificação do delito de desacato como crime de menor potencial ofensivo acarretou sérias dificuldades ao exercício das atribuições dos policiais civis e militares e guardas civis.

2ª reunião para a eleaboração do Plano de Carreira dos Militares Estaduais








Sábado (19/11) aconteceu na sala de reuniões do Gabinete do Comandante Geral a 2ª reunião para a elaboração do Plano de Carreira dos Militares Estaduais, onde estiveram presentes os representantes das Associações de Oficiais e Praças da PM/CBM.

Os trabalhos deram início com debate sobre os critérios para a ascensão funcional de Praças, retomando as discussões da reunião anterior.

Em seguida Ten Cel BM Acioli apresentou e comentou aspectos da avaliação de desempenho e a ascensão funcional expressa na legislação das Polícias Militares dos Estados de MG, GO e ES.

Logo após foi estabelecida a metodologia que será desenvolvida para a elaboração da proposta do plano de carreira de Oficiais e Praças, nos próximos encontros.

Continuando, foram abordados pelo grupo alguns aspectos, tais como: critérios para promoção, Teste de Aptidão Física e promoção “ex-officio”, entre outros.

Por fim, ao término da reunião, foi firmado os assuntos a serem trabalhados no próximo encontro, que ocorrerá no próximo sábado (26/11), no QCG.




terça-feira, 8 de novembro de 2011

Policial Militar, cidadão vulnerável em virtude do dever de ofício



Parafraseando o escritor Euclides da Cunha, “o policial militar é, antes de tudo, um forte!”

Sem dúvida nenhuma o policial militar é um forte, pois a profissão que abraçou é desvalorizada por quem deveria valorizá-la, o governante! 

Ao ingressar na corporação sofre toda sorte de desrespeito aos seus direitos como cidadão brasileiro.  A legislação o trata como um subcidadão, tolhendo direitos básicos como: direito a Habeas Corpus no caso de transgressão militar, direito de greve, direito de filiação partidária, direito a carga horária de trabalho definida em lei, direito ao exercício de atos da vida civil como: casar, viajar etc.

Com toda essa gama de direitos não reconhecidos o policial militar torna-se vulnerável dentro e fora da instituição.  No primeiro caso, porque se torna presa fácil para os superiores frustrados e não respeitadores de sua dignidade em quanto ser humano, subjectum júris. No segundo caso, porque sem poder estar filiado a partido político e, consequentemente, sem poder fazer política, fica difícil sua articulação em busca de redefinir sua situação de subcidadão, além de ficar, também, vulnerável ao infrator da lei, esse que não tem “eira nem beira” como diz o dito popular. Ou seja, não respeita qualquer norma,seja de conduta moral ou legal,ceifando,quando tem oportunidade,a vida do PM.

Não podemos esquecer que o policial militar não é uma alienígena, mas um cidadão brasileiro trabalhador, contribuinte e merecedor de atenção por parte dos governantes e de toda sociedade.

Por dever de ofício, muitas vezes, frustra interesses! Mas age em sintonia com o princípio do interesse público, do coletivo, não do individual! E por isso, no cumprimento de seu dever constitucional, é mal interpretado e não reconhecido por àqueles que deveriam exaltá-lo como responsável pela preservação da ordem pública, necessária ao Estado Democrático de Direito tão importante ao exercício dos direitos e garantias individuais e coletivas do cidadão brasileiro.

Há que se rever a legislação interna corporis para aumentar a autoestima desses abnegados profissionais e assegurar sua dignidade, sob pena de estarmos confirmando a segregação de uma classe profissional importantíssima no controle e preservação da paz social.

domingo, 6 de novembro de 2011

POLICIAIS E BOBEIROS ACEITAM PROPOSTA


 
 
 
Policiais e bombeiros militares aceitaram, na última sexta-feira, a proposta apresentada pelo Governo do Estado para o subsídio da categoria com a condição de que o Plano de Carreira dos praças seja encaminhado para a Assembleia Legislativa junto com o subsídio, a ser implantado a partir de fevereiro de 2012, com salários de R$ 11 mil para coronel e R$ 2.200 para soldado.

"Essa resolução ainda não é a ideal, pois gostaríamos que também tivessem sido encaminhadas as íntegras do Código de Ética, Estatuto e Subsídio. Mas a aplicação do Plano de Carreira é um passo dado, pois esse é um pleito antigo dos praças, pois os oficiais já possuem um plano de carreira em que o militar inicia como tenente e pode chegar até a coronel", afirma o Cabo Jeoás, presidente da Associação dos Cabos e Soldados da PM/RN.

O Plano de Carreira para os praças propõe que o militar inicie como soldado com a possibilidade de atingir o posto de subtenente. "A proposta é inovadora já que o posto posterior só será alcançado exclusivamente por antiguidade e avaliando critérios como comportamento e tempo de graduação", completa o Cabo Jeoás. Foi dado um prazo de 15 dias para a tramitação das propostas e encaminhamento para a Assembleia Legislativa. O comandante da PM, Cel. Francisco Araújo, se comprometeu em encaminhar a proposta ao executivo na próxima segunda-feira e publicar a portaria oficializando-a mesma.
 
 Fonte: Tribuna do Norte    Acessado em 06/11/2011

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Direitos Humanos e Cidadania dos PMs





 
Jorge da Silva (*)

Este pequeno texto objetiva trazer à baila o problema da negação de direitos aos policiais-militares. A análise é confinada aos conceitos de direitos humanos e de cidadania, os quais, embora intimamente relacionados, não possuem o mesmo significado, como se sabe. Inobstante este fato, cumpre aclarar a distinção entre ambos, a fim de mostrar a forma diferenciada como afetam o dia-a-dia desses profissionais.




Os direitos humanos são inerentes a todos os seres enquanto tais, independentemente do lugar do mundo em que tenham nascido e de noções como condição social, fenótipo, origem etc. Assim, por exemplo, são iguais, como humanos, a mulher e o homem, o milionário e o mendigo, o juiz e o ladrão, o general e o soldado. Nenhum deles pode ser submetido a tortura, física ou mental, nem exposto ao escárnio público. São direitos universais indisponíveis, pois pairam acima das idéias de soberania nacional, pátria etc., mesmo em regimes ditatoriais.




Já a cidadania refere-se à condição em que os grupos humanos são inseridos numa sociedade nacional específica, à luz do ordenamento jurídico, resumido no brocardo “Igualdade perante a lei”. Tem a ver com direitos e deveres e com a cultura local. Exemplificando. Não faz tanto tempo que a Constituição da República vedava às praças de pré, às mulheres e aos analfabetos o direito de votar e ser votado. Ao brasileiro de 16 anos é garantido hoje o direito ao voto, porém só os maiores de 18 são considerados adultos pela lei penal. Ainda: em certos países, acidadania do homem inclui o direito de possuir duas ou mais esposas, o que, em outros, como o Brasil, é crime.


Vê-se, portanto, que, num caso, estamos falando do ideal da igualdade absoluta, tendo como referência a própria condição humana; no outro, de igualdade “regulada” pelo Estado, referida ao aparato legislativo, do qual, não raro, promanam disposições que afrontam os direitos humanos.




No caso dos PMs, a distinção praticamente se neutraliza, de vez que é notória a indiferença da sociedade tanto para com a crescente quantidade de mortos, incapacitados e expostos a riscos desnecessários (direitos humanos) quanto para com os seus aviltantes salários, condições de trabalho e parcos direitos sociais (cidadania).




No que tange aos seus direitos humanos, tendo em vista que o Estado, em qualquer sociedade, é o seu principal violador; e que os policiais (em especial os PMs) são os agentes públicos mais visíveis, resulta difícil chamar a atenção da população para o fato de que, na luta contra o crime, esses profissionais são muito mais vítimas do que vitimizadores. Vítimas não só dos bandidos, mas, sobretudo, dos orquestradores públicos e privados da violência estatal. Estes, depois de atiçarem os PMs de modo a que se lancem na “guerra” como camicases urbanos, voltam-lhes as costas quando, aos olhos da mídia, algo sai errado. Aí, para salvar a própria pele, esgueiram-se ardilosamente pelos desvãos da irresponsabilidade, sem se inibirem de engrossar o coro dos que execram publicamente os policiais azarados. Pior: não se pejam de pegar carona nos enterros de PMs para, fingindo solidariedade à família e ao falecido – feito “herói-morto” –, aproveitar a ocasião para reforçar o seu proselitismo.




Em se tratando especificamente da sua cidadania, bastará um ligeiro exame da Constituição e da legislação específica para situar a condição em que os PMs são inseridos na estrutura da sociedade brasileira. Ver-se-á que, sem sombra de dúvida, trata-se dos trabalhadores com a maior carga de obrigações e a menor parcela de direitos. Dos brasileiros com a maior carga horária de trabalho, comparados aos de qualquer outra atividade ou instituição. Senão vejamos.




A todo trabalhador brasileiro em geral são impostos deveres e reconhecidos direitos, tais como, dentre outros: jornada máxima de 44 horas semanais, hora extra, repouso semanal remunerado, férias anuais, direito de greve etc.; ao servidor público em geral são também garantidos os mesmos direitos, mas seus deveres vão além, como, por exemplo, a proibição de intermediar interesses, de participar de firmas que contratem com o governo, de manifestar-se publicamente sobre assuntos do serviço sem autorização etc.; ao servidor público policial civil, são impostas restrições maiores, expressas em estatuto e em regulamento disciplinar próprios, tornando-o passível até mesmo de prisão administrativa. No caso do PM, ademais de se somarem todos esses deveres e vedações, paira sobre a sua cabeça, na condição “especial” de militar, atribuída a ele pela Constituição, a espada de Dâmocles do regulamento disciplinar e do Código Penal Militar, que o obrigam a estar à disposição da Corporação, sem direito de reclamar, durante as 24 horas do dia, os 365 dias do ano, proibido inclusive de executar, mesmo nas horas de folga, alguma atividade para complementar a renda familiar. Hora extra? Repouso semanal? Direito de greve, de sindicato? Nem pensar... Em suma, o PM é submetido a uma espécie de capitis deminutio maxima (perda total da cidadania): não desfruta os direitos do trabalhador comum, nem os do servidor público em geral, nem os do policial civil.




Curiosamente, nada disso sensibiliza os detratores da PM, que só se interessam pelos erros e desvios de conduta. Em vez de o risco de morte e as limitações de cidadania assegurarem aos PMs compensação pecuniária ou alguma prerrogativa – como era de se esperar –, acarretam-lhe, ao contrário, menosprezo e as conhecidas desqualificações. De nada adianta falar nas centenas de milhares de ações corretas e meritórias. Ora, que tipo de segurança pode oferecer à população alguém que sai para trabalhar inseguro, e revoltado com a forma preconceituosa como é tratado, sem saber se vai voltar para casa ao fim do dia? Alguém cuja retribuição salarial é insuficiente sequer para habitar com a família em condições condignas, e sem ver atendidas as necessidades básicas dos filhos? Alguém sob permanente tensão que, em relação à população como um todo, é muito mais vulnerável a doenças ocupacionais como o estresse, a hipertensão, distúrbios neurológicos, depressão etc., que podem levá-lo ao alcoolismo e, no limite, ao suicídio, como frequentemente ocorre?




O que causa espanto é como os PMs, inobstante tanta desvalorização, não esmorecem, parecendo não se darem conta de que foram erigidos pelo próprio “sistema” a bodes expiatórios da sociedade! E que assumam como unicamente sua uma “guerra” que não foi inventada por eles! Guerra inútil, insana (ou de propósitos inconfessáveis...). Como podem seguir iludidos, sem refletir sobre o fato de serem usados como peças descartáveis de uma engrenagem que mal conhecem?


Em benefício de todos, é indeclinável a necessidade de que os policiais-militares tenham o seu status social elevado, o que dependerá tanto da determinação dos mesmos em repensar a Instituição (e de fugir ao papel subalterno a que se têm submetido de forma passiva) quanto da compreensão da sociedade de que isto é do seu próprio interesse. Numa democracia de fato, os policiais são a primeira linha de defesa dos direitos humanos (sic). De todos, incluídos os seus.








(*) Nascido e criado no hoje chamado Complexo do Alemão, Zona da Leopoldina do Rio, entrou para a PM aos 17 anos, tendo atingido o último posto, o de coronel. É doutor em Ciências Sociais (Uerj), com pós-doutorado na Universidade de Buenos Aires (Equipo de Antropologia da Faculdade de Filosofia e Letras (2006)). Professor-adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, é atualmente coordenador de estudos e pesquisas em Ordem Pública, Polícia e Direitos Humanos, e pesquisador convidado do Núcleo Fluminense de Estudos e Pesquisas (Nufep) da Universidade Federal Fluminense. Graduado em Direito e em Letras, com Mestrado em Ciência Política e em Língua Inglesa (Letras).


Além de altos cargos na PMERJ, comoos de subsecretário de Estado e chefe do Estado Maior Geral, foi coordenador setorial de Segurança, Justiça, Defesa Civil e Cidadania do Governo do Estado (2000 - 2002), presidente do Instituto de Segurança Pública - ISP (2003), corregedor interino da Corregedoria Geral Unificada das Polícias Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros, e secretário de Estado de Direitos Humanos (2003 - 2006).


Seis livros publicados; dezenas de artigos em publicações coletivas nacionais e estrangeiras.


Áreas de interesse: segurança pública, polícia, direitos humanos, relações sócio-étnicas, semiótica.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Com Deus tudo é possível!

A vitória será sempre daqueles que sabem lutar

Uma frase simples, mas muito verdadeira, que representa a abnegação de todos os Militares Estaduais (PMs e BMs), Ativos e Inativos nas negociações do nosso salário, durante 10 (dez) meses do ano de 2011.
Desejo nesta oportunidade me congratular com todos aqueles que acreditaram e lutaram direta ou indiretamente por esse objetivo, quero destacar o empenho inconteste de todos os presidentes das Associações de Oficiais e Praças, dignos representantes que agiram de forma sensata, obstinada, paciente e responsável.
Fica comprovado que nossas Instituições são tão fortes quanto maiores forem os ideais dos homens e mulheres honrados que envergam e envergaram com denodo o uniforme da PMRN e do CBMRN, agora esperamos o envio da Mensagem à Assembléia Legislativa e conseqüente votação, aprovação e sansão governamental.
Não poderia jamais esquecer o apoio dado pelas autoridades do Governo do Estado que entenderam nossa luta e colaboraram na construção de uma proposta mais justa e merecida.