quinta-feira, 8 de abril de 2010


Plano de Segurança: arte cênica ou realidade?





Alberto LeandroGovernador Iberê Ferreira e o novo comandante da PM, cel. Araújo Silva, anunciaram na manhã de ontem as novas medidas adotadas na Polícia Militar do RN
O plano de segurança divulgado pelo Governador Iberê nos dá uma sensação de que teremos realmente uma presença mais efetiva do Estado/polícia nas ruas da Capital e do Interior.do Estado do RN.

Descentralização e reestruturação,duas palavras em voga, atualmente,no que se refere à administração,com remanejamento de policiais militares em desvio de função. Impressiona!


Antes existia apenas Comando-Geral,Comando do Policiamento Metropolitano e Comando de Policiamento do Interior,ou seja,de fato bastante centralizada as decisões administrativas estratégicas.

Criam-se as CPR’s(Comandos de Policiamento Regionais): CPR - I,56 Municípios(REGIÃO OESTE) com sede em Mossoró,CPR–II,39 Municípios(REGIÃO SERIDÓ) com sede em Caicó,CPR – III 63 Municípios(REGIÃO TRAIRI) com sede em  Santa Cruz,além de do 11º Batalhão em Macaíba,Companhias Independentes e divide-se todo o Estado em 15 Áreas Policiais Militares etc. Tudo muito bem delineado no papel.

Evidentimente que esse plano terá um impacto,até porque foi divulgado na mídia e atingiu o objetivo primário que o de impressionar,impactar os cidadãos  menos exigentes em ano de eleição.

No plano das boas ideias não há  coisa melhor,mas há um ditado popular que diz: “De boas intenções o inferno tá cheio”.

Mas uma pergunta não quer calar. Onde está o efetivo para ser distribuído nessas novas áreas? Será que vem desses policiais que estão em desvio de função ou  estão no setor burocrático? Talvez?

Os governos passados de Garibaldi e Wilma tentaram essa mesma manobra e não tiveram êxito. Por que não conseguiram?

Simplesmente porque a política interfere de maneira negativa na Instituição Policial Militar, não deixando que ela exerça sua função de maneira técnica. 

É triste reconhecer que temos um polícia política e não uma polícia técnica. Isso é muito ruim porque perdemos em eficiência.

Penso que em quanto tratarmos a Segurança Pública como política de Governo e não política de Estado, teremos avanços e retrocessos,idas e vindas,porém,tudo não passa de encenação. Que pena! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário