Fábio Hollanda diz que saiu porque Rosalba não deu autonomia para trabalhar
Sorridente, ao lado de João Maia, Hollanda assinava ata de sua posse na Sejuc. Foto: Carlos Santos/DN/D.A Press |
Depois de pedir exoneração da Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc) com apenas dois meses de trabalho, o presidente do PR em Natal, Fábio Hollanda, expôs a principal dificuldade encontrada pela equipe do governo Rosalba Ciarlini (DEM): a falta de espaço para os aliados. Ontem, Hollanda reclamou da centralização das decisões do governo.
"Quando assumi o cargo, minha intenção era implantar políticas públicas de excelência, para resolver os problemas das Centrais do Cidadão, do sistema prisional e das demais áreas de atuação da pasta. Mas eu precisaria de autonomia para colocar minha equipe técnica para trabalhar. O governo não me deu essas condições. O único cargo que pude indicar foi o da chefia de gabinete, que estava vago", reclamou.
O ex-secretário creditou sua saída do governo às "divergências administrativas" com o modo como Rosalba Ciarlini conduz a máquina pública. Para Fábio, falta autonomia para que os secretários possam exercer o seu trabalho. "A governadora entende que aquela equipe lotada na secretaria conseguirá atingir as metas de melhorias para o governo. Eu penso diferente. Pode ser até que ela esteja certa", ponderou.
O republicano defendeu que o partido não continue com a pasta, após a sua saída. De acordo com Hollanda, o melhor para a legenda seria não participar administrativamente do governo, que, segundo ele, é centralizador. "Se depender do PR de Natal, não haverá indicação de substituto. Na minha opinião, o partido deve se manter equidistante da parte administrativa do governo e continuar ajudando a gestão de outras formas, como na apresentação de emendas", declarou.
Essa não é a primeira vez que o governo entra em crise por causa da forma centralizadora de administrar. Durante o rompimento do vice-governador Robinson Faria (PSD) com a gestão, ele e o ex-secretário do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, expuseram a centralizações das decisões do governo em pelo ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido de Rosalba.
Os espaços dos aliados no governo têm sido restritos. Rosalba Ciarlini implantou no Estado a mesma forma de gestão que desenvolveu em Mossoró, quando as indicações das principais áreas vinham do seu grupo, do primeiro ao terceiro escalão. O estilo da democrata pegou muitos aliados de surpresa. Hollanda não esperava que não tivesse autonomia nem para nomear sua própria equipe.
Fábio Hollanda deixou a Sejuc no último sábado, após explicar os motivos em reunião com o deputado federal João Maia (PR), na última sexta-feira, em Brasília. Rosalba Ciarlini acatou a decisão do então secretário e nomeou o secretário estadual de Segurança e Defesa Social, Aldair da Rocha, para acumular a pasta interinamente. A assessoria de comunicação do governo informou que Rosalba definirá o novo titular da secretaria após reunião com João Maia, prevista para esta semana.
"Quando assumi o cargo, minha intenção era implantar políticas públicas de excelência, para resolver os problemas das Centrais do Cidadão, do sistema prisional e das demais áreas de atuação da pasta. Mas eu precisaria de autonomia para colocar minha equipe técnica para trabalhar. O governo não me deu essas condições. O único cargo que pude indicar foi o da chefia de gabinete, que estava vago", reclamou.
O ex-secretário creditou sua saída do governo às "divergências administrativas" com o modo como Rosalba Ciarlini conduz a máquina pública. Para Fábio, falta autonomia para que os secretários possam exercer o seu trabalho. "A governadora entende que aquela equipe lotada na secretaria conseguirá atingir as metas de melhorias para o governo. Eu penso diferente. Pode ser até que ela esteja certa", ponderou.
O republicano defendeu que o partido não continue com a pasta, após a sua saída. De acordo com Hollanda, o melhor para a legenda seria não participar administrativamente do governo, que, segundo ele, é centralizador. "Se depender do PR de Natal, não haverá indicação de substituto. Na minha opinião, o partido deve se manter equidistante da parte administrativa do governo e continuar ajudando a gestão de outras formas, como na apresentação de emendas", declarou.
Essa não é a primeira vez que o governo entra em crise por causa da forma centralizadora de administrar. Durante o rompimento do vice-governador Robinson Faria (PSD) com a gestão, ele e o ex-secretário do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes, expuseram a centralizações das decisões do governo em pelo ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido de Rosalba.
Os espaços dos aliados no governo têm sido restritos. Rosalba Ciarlini implantou no Estado a mesma forma de gestão que desenvolveu em Mossoró, quando as indicações das principais áreas vinham do seu grupo, do primeiro ao terceiro escalão. O estilo da democrata pegou muitos aliados de surpresa. Hollanda não esperava que não tivesse autonomia nem para nomear sua própria equipe.
Fábio Hollanda deixou a Sejuc no último sábado, após explicar os motivos em reunião com o deputado federal João Maia (PR), na última sexta-feira, em Brasília. Rosalba Ciarlini acatou a decisão do então secretário e nomeou o secretário estadual de Segurança e Defesa Social, Aldair da Rocha, para acumular a pasta interinamente. A assessoria de comunicação do governo informou que Rosalba definirá o novo titular da secretaria após reunião com João Maia, prevista para esta semana.
Fonte Diario de Natal
Opinião
Essa política centralizadora, da governadora Rosalba Ciarlini, é uma prova da política menor.
Não é possível que em pleno século XXI a gestora pública do estado do RN se comporte como um administrador dos tempos remotos da história, ou seja, sem uma visão administrativa coerente com a atual situação de evolução da sociedade moderna.
Essa centralização nos remete ao tempo do absolutismo, onde os soberanos se achavam o próprio Estado e governavam sozinhos, com mão-de-ferro, se eternizando na história, tal prática, com a célebre frase do Rei Francês, Luis XIV(1638-1715):"o Estado sou eu".
Se prender a questões políticas e não dar autonomia administrativa aos seus auxiliares direto é, no mínimo, um desserviço ao povo potiguar.
Isso ocorrendo na área mais sensível de seu governo que é o sistema prisional do RN, imagine em outras áreas?
Por que essa centralização exacerbada numa área tão carente de ações e providências?
A quem interessa essa prática e porquê?
Não estamos num reinado e nem numa ditadura. Estamos num Estado Democrático e somos uma República, Rosalba Ciarlini!
O povo tá cansado dessa política nivelada por baixo, precisa de políticos comprometidos com quem lhe elegeu, portanto que pense na qualidade de vida de seus representados!
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