Plano de Segurança: arte cênica ou realidade?
Alberto Leandro
O plano de segurança divulgado pelo Governador Iberê nos dá uma sensação de que teremos realmente uma presença mais efetiva do Estado/polícia nas ruas da Capital e do Interior.do Estado do RN.
Descentralização e reestruturação,duas palavras em voga, atualmente,no que se refere à administração,com remanejamento de policiais militares em desvio de função. Impressiona!
Antes existia apenas Comando-Geral,Comando do Policiamento Metropolitano e Comando de Policiamento do Interior,ou seja,de fato bastante centralizada as decisões administrativas estratégicas.
Criam-se as CPR’s(Comandos de Policiamento Regionais): CPR - I,56 Municípios(REGIÃO OESTE) com sede em Mossoró,CPR–II,39 Municípios(REGIÃO SERIDÓ) com sede em Caicó,CPR – III 63 Municípios(REGIÃO TRAIRI) com sede em Santa Cruz,além de do 11º Batalhão em Macaíba,Companhias Independentes e divide-se todo o Estado em 15 Áreas Policiais Militares etc. Tudo muito bem delineado no papel.
Evidentimente que esse plano terá um impacto,até porque foi divulgado na mídia e atingiu o objetivo primário que o de impressionar,impactar os cidadãos menos exigentes em ano de eleição.
No plano das boas ideias não há coisa melhor,mas há um ditado popular que diz: “De boas intenções o inferno tá cheio”.
Mas uma pergunta não quer calar. Onde está o efetivo para ser distribuído nessas novas áreas? Será que vem desses policiais que estão em desvio de função ou estão no setor burocrático? Talvez?
Os governos passados de Garibaldi e Wilma tentaram essa mesma manobra e não tiveram êxito. Por que não conseguiram?
Simplesmente porque a política interfere de maneira negativa na Instituição Policial Militar, não deixando que ela exerça sua função de maneira técnica.
É triste reconhecer que temos um polícia política e não uma polícia técnica. Isso é muito ruim porque perdemos em eficiência.
Penso que em quanto tratarmos a Segurança Pública como política de Governo e não política de Estado, teremos avanços e retrocessos,idas e vindas,porém,tudo não passa de encenação. Que pena!
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